MOVIMENTO CCH.
ESTA HISTÓRIA É SOBRE
VOCÊ!
VOCÊ
que está na Universidade Estadual de Maringá há algum tempo sabe, e quem entrou
agora começa a saber, que enfrentamos todos os dias problemas e dificuldades
que interferem fundamentalmente na nossa formação. Ou você não
tem problemas com seu bloco, com sala de aula, com falta de materiais, com
falta de professores e técnicos, não se incomoda com o R.U. fechado e a transposição,
com a falta de uma política cultural, e tantas outras coisas?!
Historicamente,
os estudantes têm se mobilizado e reivindicado a necessidade de melhores
condições para ensino, pesquisa e extensão para toda a universidade. Inclusive a conquista da gratuidade da UEM
se deve ao processo de mobilização social que teve a intensa participação dos
estudantes.
Porém, você pode questionar tudo isso e dizer que não leva a nada, que o
Movimento Estudantil não conquistou nada de concreto para nossa universidade.
Mas você já parou pra pensar no por quê e nos motivos que levaram e ainda levam
a mobilização dos estudantes? E a razão pela qual as respostas da reitoria, dos
governadores e secretários serem sempre vazias e sem perspectivas?
Se
olharmos numa conjuntura mais geral, para além do nosso cotidiano, do nosso
curso, dos nossos casos isolados e até da nossa universidade, talvez seja
possível compreender o por quê de tantos problemas que afetam direta e
indiretamente todos nós. E, dessa maneira, entender a razão pela qual a
reitoria, os governos federal, estadual e municipal não conseguem dar respostas coerentes e plausíveis sobre nossas demandas, ou seja, sem nenhuma
indicação de planejamento e mudanças concretas.
Nas
últimas décadas as instituições privadas cresceram vertiginosamente, absorvendo
mais de 80% das vagas ofertadas ao ensino superior, enquanto as instituições
públicas perderam seus espaços e sua força política (autonomia). Um claro e
vergonhoso processo de privatização da educação pública! Este
crescimento não ocorreu simplesmente por uma iniciativa privada, mas teve
incentivos políticos e financeiros significativos e decisivos de governos
(federal, estadual e municipal), reduzindo, assim, os investimentos necessários
para o funcionamento das universidades e escolas públicas. Sabemos que tal
processo prejudicou (e ainda prejudica) os diversos aspectos e setores da UEM:
estrutural, contratação de docentes e técnicos, materiais didáticos e
pedagógicos, livros para biblioteca, suporte digno às extensões, assistência
estudantil e cultural, entre tantos outros. Um verdadeiro esquema de precarização e
sucateamento do ensino público!
Será
que nada disso tem a haver com os problemas que enfrentamos todos os dias na
nossa universidade e no nosso curso?!
Como podemos esperar que nossas demandas, em função
dessa lógica de precarização e privatização do ensino público, sejam de fato
atendidas, se o governo federal, em comunhão com os governos estadual e
municipal, leva adiante uma política econômica que prioriza investimentos
privados ao invés de apoiar sólida e concretamente as nossas necessidades
vitais, como transporte, saúde e educação?! E se
na folha de pagamento do governo 44% de todo o orçamento da União é destinado
aos bancos e apenas 3% ao ensino público, como pensar a Educação como uma
prioridade?!
Essa
política de favorecimento do privado em detrimento do público é incorporada
pela Presidenta, o Secretário da SETI (Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior), o governador, o prefeito e, inclusive, o reitor Júlio
Santiago e a vice-reitora Neusa Altoé. Portanto, essas alianças estão
diretamente ligadas à diminuição do quadro de professores, à falta de funcionários
que são substituídos por bolsas-trabalho, à falta de uma política de
assistência estudantil e de maior acesso e permanência na Universidade,
política cultural. E mais, muito mais coisas, estão de pleno acordo com as
políticas adotadas por todos eles! E é por esse motivo que precisamos de uma luta coletiva e
contínua! Por isso as mobilizações não podem parar! Cada vez mais
percebemos que é só com grande mobilização e com o fortalecimento e avanço consciente
do nosso movimento que conseguiremos pressionar, para que o nosso projeto de
uma Universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e de maior
acessibilidade seja de fato construído.
VAMOS JUNTOS LUTAR E CONSTRUIR UM NOVO
PROJETO DE UNIVERSIDADE PÚBLICA!
PARTICIPE DAS REUNIÕES E DISCUSSÕES,
AFINAL ESTA HISTÓRIA É SOBRE VOCÊ!
PRÓXIMA
REUNIÃO: 12/09/2013, QUINTA-FEIRA, ÀS 18 H, NO CA DE HISTÓRIA (PRÓXIMO CANTINA-QUIOSQUE
E COPIADORAS). COMPAREÇA!
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