terça-feira, 3 de setembro de 2013

Movimento CCH - Esta História é sobre Você!

MOVIMENTO CCH.
ESTA HISTÓRIA É SOBRE VOCÊ!

VOCÊ que está na Universidade Estadual de Maringá há algum tempo sabe, e quem entrou agora começa a saber, que enfrentamos todos os dias problemas e dificuldades que interferem fundamentalmente na nossa formação. Ou você não tem problemas com seu bloco, com sala de aula, com falta de materiais, com falta de professores e técnicos, não se incomoda com o R.U. fechado e a transposição, com a falta de uma política cultural, e tantas outras coisas?! 

Historicamente, os estudantes têm se mobilizado e reivindicado a necessidade de melhores condições para ensino, pesquisa e extensão para toda a universidade. Inclusive a conquista da gratuidade da UEM se deve ao processo de mobilização social que teve a intensa participação dos estudantes. Porém, você pode questionar tudo isso e dizer que não leva a nada, que o Movimento Estudantil não conquistou nada de concreto para nossa universidade. Mas você já parou pra pensar no por quê e nos motivos que levaram e ainda levam a mobilização dos estudantes? E a razão pela qual as respostas da reitoria, dos governadores e secretários serem sempre vazias e sem perspectivas?

Se olharmos numa conjuntura mais geral, para além do nosso cotidiano, do nosso curso, dos nossos casos isolados e até da nossa universidade, talvez seja possível compreender o por quê de tantos problemas que afetam direta e indiretamente todos nós. E, dessa maneira, entender a razão pela qual a reitoria, os governos federal, estadual e municipal não conseguem dar respostas coerentes e plausíveis sobre nossas demandas, ou seja, sem nenhuma indicação de planejamento e mudanças concretas.

Nas últimas décadas as instituições privadas cresceram vertiginosamente, absorvendo mais de 80% das vagas ofertadas ao ensino superior, enquanto as instituições públicas perderam seus espaços e sua força política (autonomia). Um claro e vergonhoso processo de privatização da educação pública! Este crescimento não ocorreu simplesmente por uma iniciativa privada, mas teve incentivos políticos e financeiros significativos e decisivos de governos (federal, estadual e municipal), reduzindo, assim, os investimentos necessários para o funcionamento das universidades e escolas públicas. Sabemos que tal processo prejudicou (e ainda prejudica) os diversos aspectos e setores da UEM: estrutural, contratação de docentes e técnicos, materiais didáticos e pedagógicos, livros para biblioteca, suporte digno às extensões, assistência estudantil e cultural, entre tantos outros. Um verdadeiro esquema de precarização e sucateamento do ensino público!

Será que nada disso tem a haver com os problemas que enfrentamos todos os dias na nossa universidade e no nosso curso?!

Como podemos esperar que nossas demandas, em função dessa lógica de precarização e privatização do ensino público, sejam de fato atendidas, se o governo federal, em comunhão com os governos estadual e municipal, leva adiante uma política econômica que prioriza investimentos privados ao invés de apoiar sólida e concretamente as nossas necessidades vitais, como transporte, saúde e educação?! E se na folha de pagamento do governo 44% de todo o orçamento da União é destinado aos bancos e apenas 3% ao ensino público, como pensar a Educação como uma prioridade?!

Essa política de favorecimento do privado em detrimento do público é incorporada pela Presidenta, o Secretário da SETI (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), o governador, o prefeito e, inclusive, o reitor Júlio Santiago e a vice-reitora Neusa Altoé. Portanto, essas alianças estão diretamente ligadas à diminuição do quadro de professores, à falta de funcionários que são substituídos por bolsas-trabalho, à falta de uma política de assistência estudantil e de maior acesso e permanência na Universidade, política cultural. E mais, muito mais coisas, estão de pleno acordo com as políticas adotadas por todos eles! E é por esse motivo que precisamos de uma luta coletiva e contínua! Por isso as mobilizações não podem parar! Cada vez mais percebemos que é só com grande mobilização e com o fortalecimento e avanço consciente do nosso movimento que conseguiremos pressionar, para que o nosso projeto de uma Universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e de maior acessibilidade seja de fato construído.

VAMOS JUNTOS LUTAR E CONSTRUIR UM NOVO PROJETO DE UNIVERSIDADE PÚBLICA!

PARTICIPE DAS REUNIÕES E DISCUSSÕES, AFINAL ESTA HISTÓRIA É SOBRE VOCÊ!


PRÓXIMA REUNIÃO: 12/09/2013, QUINTA-FEIRA, ÀS 18 H, NO CA DE HISTÓRIA (PRÓXIMO CANTINA-QUIOSQUE E COPIADORAS). COMPAREÇA!

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